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Veronica Mars, Arte de divulgação do filme. |
“Você quer saber como eu perdi minha
virgindade? Bem, eu também...”
-Veronica Mars
Hey,
pessoal! J
O texto é grande então vou direto ao ponto: Eu não vivo dentro de um côco!
Então vou falar sobre algo que está em evidência no momento: mulheres e essa ideia
de que estupro é justificável e merecido em alguns casos. Eu adoraria feedback
quanto a esse texto pois é muito importante para mim. Para minhas mulheres e
para minhas garotas que não são minhas, elas só pertencem a si mesmas. Abraços.
Sobre Heroínas, Veronica Mars e Merecer
Ser Estuprada.
Eu nasci em 1993 e definitivamente amo
a década de 90. Roupas (sofríveis em muitos pontos), música, séries de TV,
desenhos animados... Os anos 90 foram a época do Girl Power, onde tudo que
surgia na mídia tentava trazer a tona o poder feminino, então nós temos as
Spice Girls e dúzias de girlbands cantando sobre amizade, garotos e sobre dizer
o que se pensa, conquistar seus sonhos e nunca se sentir menos do que ninguém
por ser uma garota, não importa qual tipo de garota. As séries de TV (que são
meu campo mais conhecido) também traziam o conceito por meio de mulheres protagonistas
e personagens femininas que estavam looooooonge de serem princesas em torres. Buffy
– A Caça-Vampiros, Xena A Princesa Guerreira, Charmed, La Femme Nikita, são só
alguns exemplos de séries de muito sucesso no qual as mulheres comandavam.
Parte delas adentrou os anos 2000 e algumas outras foram criadas no novo
milênio mesmo com o conceito aparentemente diminuindo, afinal em The Vampire
Diaries levam 15 episódios até aparecer a avó Bruxa da Bonnie Bennet e por os
vampiros em seus lugares e na saga Crepúsculo a protagonista tem de morrer pra
ficar um pouco menos insossa e começar a cuidar dos seus ao invés de ser
protegida por todo mundo.
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Mulheres poderosas nas séries de TV. PS: Desculpem, a montagem ficou bem mais ou menos mas eu não encontrei uma pronta. :3 |
A razão de eu ter começado por isso é
para dizer que o que assistimos, lemos e ouvimos, especialmente quando crianças,
acaba influenciando muito em nossa formação. Com uma figura paterna ausente e
por vezes abusiva eu tive a maioria de meus bons exemplos vindo de mulheres:
minha mãe, minha avó, minhas tias, minhas professoras... Levou anos para que eu
encontrasse um homem o qual eu admirasse e no qual eu quisesse me inspirar
(Love ya Doug! <3). Isso só se reforçava com os meus seriados favoritos.
Para mim mulheres nunca foram frágeis! Minhas mulheres (leia-se as mulheres que
me serviam de modelo, as mulheres da minha vida) eram capazes de dar uma surra
em qualquer homem, serem lindas, escreverem poesias, serem princesas amazona,
salvarem o mundo, protegerem aos outros e a si mesmas, comprarem sapatos e
ainda por cima fazerem comentários sarcásticos acerca de tudo isso. Eu nunca
mais liguei pra um protagonista ou interesse romântico delas na vida, pois quem
eu queria ser, as qualidades que eu queria ter eram sempre delas. Eu não queria
ser o amigo/ajudante fofo porém bobo (Xander, com suas piadinhas em Buffy. Leo,
sempre ignorado ou nocauteado em Charmed. Joxer, na eterna friend zone em Xena.
Harvey, o eterno namorado bobo em Sabrina Aprendiz de Feiticeira.), muito menos
o vilão terrível e misógino que fazia as protagonistas sofrerem. Não, nada
disso! Eu amava as mulheres e gostava de assisti-las ganhar.
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Brooke Davis de One Tree Hill, superando seus medos de não ser o suficiente. |
As heroínas noventistas tinham
“características masculinas” mas de alguma forma mantinham as “femininas”
(aspas porque essa de “Isso é masculino, aquilo é feminino” dá uma discussão de
10 posts) e eu queria assimilar TODAS! Eu queria lutar artes marciais e saber
comandar como Buffy e Xena, escrever poesia e dançar como Gabrielle, ser
inteligente como Veronica Mars, Hermione e Willow, ser seguro e confiante como
Prue e Phoebe, ter o senso de moda e os comentários sagazes de Cordelia Chase e
Brooke Davis, ser atencioso e carinhoso como minha mãe e um ótimo cozinheiro
como todas as mulheres da minha família. Eu nunca consegui ver uma mulher como
inferior e com elas sendo tão maravilhosas para mim eu não ia querer de forma
alguma enxerga-las como diferentes de mim. Eu queria é que fossemos todos
iguais para eu poder ser fantástico como eu as via. Claro que isso gerou um
mundo de comentários sobre como eu era um viadinho, que eu deveria ser mais
homem, jogar futebol, e eu tive de lidar com muuuuuuuito bullying, o que fez
com que, adivinhem? Sim, eu tivesse mais amigas garotas do que homens.
Aparentemente eu ser sensível, gostar de escrever, desenhar, cozinhar e não ter
ideia da utilidade de uma bola de futebol não as afastava de mim e elas até
achavam legal.
Eu cresci e vi as garotas a minha volta
crescerem também. De repente a diferença que impedia elas de jogar futebol com
os garotos quando crianças parecia ter aumentado e elas eram obrigadas a agir
diferente, da mesma forma que eu tinha de ser mais homem elas tinham de ser
mais mocinhas, vestirem-se melhor, comportarem-se melhor (leia serem quietas),
não ficarem andando com garotos... Biscate, puta, fácil, vadia, prostituta,
galinha, vaca. Eram os nomes que davam às garotas quando queriam ofendê-las.
Homem era só viado e corno (ou seja, gostar de homem e ter uma mulher que te
traísse eram as ofensas máximas...), os garotos começavam a contar vantagens
sobre quantas garotas “pegavam” e as garotas tentavam esconder se ficavam com
alguém. E eu me sentia cada vez mais confuso e deslocado vendo que ninguém
admirava uma garota que conquistasse o garoto o qual ela gostava, como eu
admirava. Ninguém achava legal garotas que davam o primeiro passo. Ser uma
garota inteligente, educada e bem comportada não era mais do que a obrigação
das moças enquanto eu com as mesmas características era quase um rockstar para
os professores.
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Ser uma garota parecia envolver muito cor de rosa... |
Eu via minhas garotas (que eu chamava,
e ainda chamo, assim por serem minhas amigas e por que sempre surgia o
engraçado comentário de “ele deve pegar todas logo, todas são dele”... O
comentário por vezes vinha dos mesmos que me chamavam de viado então eu ficava seriamente
confuso. Ainda fico.), serem podadas, diminuídas e ridicularizadas pelos
garotos e muitas vezes por elas mesmas. Nada mais fazia sentido! Parecia que
ninguém tinha o respeito (no meu caso até uma certa reverência) diante das
garotas. Mas eu ainda tinha minhas heroínas. O bom da TV aberta é que a reprise
é quase infinita então eu ainda tinha “minhas garotas” dos seriados mesmo antes
do advento da inclusão digital. Então mesmo com a disparidade em relação ao
mundo real eu continuava amando ver as garotas chutando traseiros, se
apaixonando, salvando o mundo e lidando com as críticas por serem quem eram com
a cabeça erguida.
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Prue de Charmed, fazendo o que eu estava acostumado a ver mulheres fazendo: Vanquish a Demon! |
O ponto é que a maioria das minhas
heroínas viviam histórias fantásticas, elas eram bruxas, caçadoras, médiuns,
videntes, guerreiras medievais, caçadoras de relíquias (alguém lembra?) e por
eu ser jovem demorou para que eu percebesse que muito do que eu via era
metafórico e que as histórias eram representações de conflitos reais assim como
os poderes representavam características de mulheres reais, eu não ia achar uma
Prue na rua usando telecinese em bandidos mas eu poderia conhecer mulheres que
com sua vontade faziam tudo mudar de lugar, e trabalhavam para sustentar a
casa, e cuidavam da família e sacrificavam sua própria alegria pelo bem dos
outros as vezes. Xena era a mulher agressiva que batalhava de igual para igual
com os homens em um mundo que era deles, “não por que deveria ser assim” – como
disse uma vez a rainha amazona Ephiny – “mas porque deixamos que fosse”,
enquanto Gabrielle era o feminino que aprende a se equilibrar para lutar e
viver neste mundo sem se perder sua inocência e pureza completamente. Xena
virou o Flagelo de nações antes de querer ser boa, Gabrielle era a camponesa
boazinha que virou Rainha Amazona, uma aprendeu que tem sim, como resolver
algumas coisas conversando, ao passo que a outra aprendeu que “um pouco de amor
severo” (A.K.A. porrada) também dá jeito em algumas questões. Levou tempo até
eu topar com alguma heroína que vivesse no mundo real e isso só aconteceu lá
por 2008. Eu com meus 15 aninhos conheci uma loira baixinha, com cara de
inocente que atendia pelo nome de Veronica Mars.
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Na imagen: "Sabe aquelas pessoas que conseguem prever quando uma mudança está para chegar em suas vidas? Eu não sou uma delas. A mudança tem um jeito de chegar e chegando e me socar a cara." |
Daqui pra frente tem spoiler, então
leia do mesmo jeito que é importante e eu tô escrevendo esse texto por um bom
motivo. Veronica era a típica garota inocente e fofinha. Virgem, líder de
torcida, amiga da filha de um dos homens mais ricos da cidade e
consequentemente amiga dos amigos dela. Gente, ela era boba de dar dó. Aí a
melhor amiga foi assassinada (por um homem mais velho com o qual ela tinha um
caso e que filmava as relações deles sem que ela soubesse), e algum tempo
depois Veronica vai sozinha a uma festa (ela perdeu os amigos quando a best friend
dela, Lilly, morreu) e é drogada e estuprada. No dia seguinte, após perceber
sua virgindade perdida, Vmars vai prestar queixa. O Delegado a ridiculariza e
deixa claro que se ela não sabe quem foi é por que ela é uma vadia bêbada e que
ele não vai mexer com os filhos dos homens mais poderosos da cidade só para
saber quem foi que estuprou uma ninguém como ela. Claro, ela merecia não é
mesmo? Esse é o ponto de virada da Veronica, que deixa de ser Sandy, corta o
cabelo, compra uns acessórios gothic rock e vai trabalhar vadia com o
pai em investigações particulares.
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Buffy, sendo Buffy. Work it out, work it out! |
Buffy já foi drogada em um episódio e
quase foi estuprada em outro. Claro que surrou os agressores. Se fosse a Xena
teria feito o mesmo (ou pior dependendo da época), mais de uma vez a Princesa
Guerreira acabou com traficantes de escravos e homens que mantinham mulheres
cativas. Eu imagino fácil as garotas de Charmed fazendo uma maldição ferrada em
um demônio que atacasse garotas sexualmente (ou de qualquer outra forma).
Veronica vive no nosso mundo e ela não tem mágica ou superforça para se
defender. A única coisa que ela tem é muita inteligência e uma dose equivalente
de sorte. Foi o suficiente para ela descobrir como e pelas mãos de quem sua
melhor amiga foi assassinada, quase morrer por isso e expor o assassino (que
escapou legalmente depois). Ela também descobriu quem a drogou e quem a
estuprou, o primeiro (uma garota que não gostava muito da V.) saiu ileso, o
segundo havia feito outras coisas terríveis além de abusar de uma garota, mas
também consegue, de certa forma, escapar do julgamento.
Não se deprimam ainda!!! O que
eu quero dizer é que as coisas são do jeito que são não por que deviam ser
assim mas por que deixamos que fossem. Se você esperar se tornar A Escolhida,
uma bruxa poderosa ou uma assassina fugitiva (Saudades Nikita! ;-;) para fazer
algo quanto a isso talvez você nunca faça nada (caso as duas primeiras opções aconteçam me ligue que eu quero ser seu amigo!)! Veronica, ao contrário de todas
as outras é só uma garota, uma pessoa normal como qualquer um de nós e ela
revida. Ela luta pelo que é certo sem algum poder especial, crença num poder
divino ou patrocínio de famosos. E ela não para de apanhar da vida! Depois de
tudo isso, na faculdade ela tem um vídeo intimo feito sem sua ciência e sem sua
autorização que é espalhado por toda a internet. Claro que ela revida, descobre
os responsáveis, os amedronta com a possível exposição de uns segredos bem
perigosos deles e consegue até certo ponto acertar as contas.
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Senhorita VMars em sua roupa de combate. |
Drogada, estuprada, exposta... Soa como
alguma das histórias que você tem ouvido ultimamente? Sem o respaldo da justiça
e com a impossibilidade de restaurar sua “honra”, aparentemente atrelada a suas
práticas sexuais e não a seu trabalho na captura de criminosos, Veronica se
vinga. Não quero de forma alguma que as pessoas que lerem isso se tornem
justiceiros mas você ainda acha que a culpa é dela!? Se sim, eu sou uma pessoa
razoavelmente decente e nunca desejaria que nada disso te acontecesse NUNCA!
Mas se acontecer eu quero que você se lembre desse texto, apenas. Se não, então
por favor, comece a fazer algo. Discutir, militar, repetir até que entendam que
pessoas não são objetos para serem usados e que ninguém merece ter seu corpo,
sua mente ou sua alma violentadas sob qualquer justificativa. Falar é fácil e
eu mesmo canso de tentar ensinar gente estúpida a fazer a coisa certa mas é o
único jeito (A não ser que seja a era medieval e você tenha um Chakram), e para
todo caso já dizia Eddie Van Feu: “Ainda existem leis para OBRIGAR gente sem
noção a viver direito em sociedade.”
No fim as heroínas me ensinaram que
sempre tem algo que você pode fazer pelos outros. E a Veronica, dentre todas as
lições, me ensinou que com inteligência, amigos verdadeiros e uma câmera você
pode fazer total diferença na vida das pessoas. Você pode crescer e se tornar
mais forte, enfrentar o mundo, proteger os outros e a si. E você pode fazer
tudo isso sendo homem ou mulher, ou uma bruxa, uma empresária, uma patricinha, uma
garota comum, ou um marshmallow.
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Nem parece que arruína vidas de corruptos diariamente, né? |
-Miguel
Muito bom seu texto honey... E você tem toda razão, acho muito injusto tudo o que está ocorrendo ao nosso redor. Mas é sempre mais fácil culpar os outros, do que a si mesmo, e no caso julgar as pessoas que sofreram esse tipo de violência por seus estilos de roupas ou jeito de ser do que admitir que é uma pessoa fraca e que não consegue se controlar. Ou na pior das hipóteses que não tem respeito algum para com uma pessoa que talvez seja mais desenvolvida mentalmente do que você.. O fato de que hoje muitas mulheres não necessitam de homens para viver, por serem independentes, faz com que a força bruta seja empregada para mostrar que elas sempre serão frágeis e dependentes. Porém, elas não o são.. Como você mesmo disse, basta que elas vejam o quanto são importantes, o quanto podem ser fortes e inteligentes e o mundo muda ao seu redor.. Há sim, como ser uma heroína nos dias de hoje, assim como Xena e Buffy o foram.. e vale lembrar que Buffy mesmo sem seus poderes, foi capaz de usar a inteligência para vencer.. (em um dos episódios que Giles a deixa sem seus poderes para passar pelo teste de caçadora aos 18 anos)
ResponderExcluirAbraços, honey e continue assim.. Se mais homens como você existissem no mundo haveria muito menos problemas como os enfrentados hoje!!
Quase chorei dessa vez... Afinal, sou mulher, sofri e sofro diariamente com a nossa sociedade machista. Não serei hipócrita, porque tenho consciência que em muitos momentos sou machista, o que não poderia ser diferente, porque sou perpassada por essa cultura, mas tento a todo momento subverte-la. Fui criada para usar cor-de-rosa, ser princesinha, frágil, passiva, mas algo não saiu muito "bem" nesse aspecto, afinal sempre fui a garota que fazia coisas com os meninos, me vestia como um garoto, gostava de coisas ditas de garotos... Mas apesar de ter escapado um pouco de toda essa pressão machista, você, Alan Miguel, com a sua visão sobre as mulheres que tem me ajudado a crescer e, deixar de ser a menina inocente e boba e me tornar a mulher segura, corajosa e forte, que sou hoje. Já te disse isso inúmeras vezes... que você é incrível, uma pessoa maravilhosa e que mudou a minha vida... Mas depois de conhecer a sua mãe, percebi de onde vem essa personalidade... Ao meu ver você teve o maior exemplo de uma heroína real desde sempre.... O pouco que conheço da sua mãe já pude notar como ela é forte, guerreira, corajosa, cuidadosa, linda... tudo que se pode querer de alguém para se espelhar. Só tenho a agradecer a ela pela pessoa maravilhosa que ela colocou no mundo e mais difícil que isso, moldou como você é... E como você sempre diz pra mim, "Falar só não resolve, a gente aprende com exemplos" Sua mãe foi e é um exemplo pra você e vocês são um exemplo pra mim. Obrigada :) Do seu texto não tem nem o que falar, você é um escritor incrível e será muito famoso e rico hihi
ResponderExcluirEu não sou tão boa com as palavras quanto pareço, deixe eu já dizer. Eu também tenho lá minhas birras com esse movimento feminista de hoje, que acaba indo muito mais pro lado do femismo do que qualquer coisa.
ResponderExcluirMas preciso comentar que é uma verdadeira pena que as pessoas desse mundo não tenham tido essas influências e o olhar que você teve sobre elas. Eu tive a sorte de crescer com um pai que me dizia "Quando um cara pega 5 garotas, todos falam que ele é 'o' cara, mas se uma garota pega 2, ela é uma puta. Isso não faz sentido". Pra mim, infelizmente, ter que discutir que uma mulher pode ser o que quiser é tão sem sentido que eu não lido tão bem com a situação - não faz sentido, a gente tem mesmo que discutir? Quer dizer, NAÕ FAZ SENTIDO PORQUE NÃO É ISSO!
Minha mãe via todas essas séries, eu me contentava - e me contento até hoje - com livros e animes. E ao mesmo tempo que eu adoro romances onde as garotas são fofas e têm um homem lindo e forte que as protege e respeita, a grande maioria das minhas musas eram garotas fortes e determinadas. Vulgo Shana-sama ♥ (Assista Shakugan no Shana, assista pf).
Eu assistia Tsukino Usagi, com seu jeito ingênuo e atrapalhado, salvar o mundo inteiro com a força do amor. Aprendi com Kinomoto Sakura que temos que assumir a responsabilidade de determinados atos mas que, com muita determinação e foco, conseguimos descobrir uma força em nós sem igual, e superar aos obstáculos. Aprendi com Higurashi Kagome que mesmo quando estamos perdidos em um mundo onde ninguém nos entende e somos completamente "fora do padrão", podemos provar pra eles que nada disso importa, porque somos todos humanos e o que vale está dentro de nós, e não na "casca". E aprendi com Chiba Mamoru, Syaoran e InuYasha que nós temos que respeitar todas essas mulheres, ajudá-las quando precisarem de nós, mas que elas se viram muito bem sozinhas, dentro de seus limites. Assim como eles, que nem sempre conseguem salvar o dia sozinhos - ou nem salvam, dependendo da situação.
É uma pena, Alandivo, que você seja uma parcela miúda do nosso mundo que, como eu, teve modelos diferentes. Mas é uma dádiva que você tenha interpretado isso de uma forma tão boa. :D Nem tenho palavras boas o suficiente pra elogiar seu texto, mas posso dizer que só li verdades e que me sinto a maçã mais vermelha da árvore por ter a "sorte" de ter um amigo como você por perto.
Continue escrevendo, porque tu tem talento meu guri ♥ Beijocas a ti