Heeeeey, Pessoal! :D Estou de volta! Enquanto eu não termino a
parte dois dos diários do Arian (tô trabalhando nisso, juro!), vou
apresenta-los a mais um personagem meu nascido por causa do mundo do RPG. E
não, ele e o Arian não tem muito em comum. Com este post, meus principais
personagens ficam todos representados no Blog: Devon, Arian, Savant, Veronica e
Gregory. Especialmente para a Shana que gosta de personagens badassess, caminhem
pela noite com Gregory.
-Miguel
Gregory –
Parte 01: De Volta a Morgan’s
O chão estava molhado, havia chovido
mais cedo. O rapaz pisou displicentemente em uma poça rasa em sua caminhada
sobre a cobertura de um prédio. A noite da cidade de Morgan’s Mist estava úmida
e, como era de se esperar, coberta por uma pesada neblina. Gregory continuou
sua caminhada, os cabelos pretos ainda mais brilhantes por estarem levemente
molhados, seu sobretudo de couro preto há alguns centímetros do chão. Diante de
si, próxima a beirada do prédio, encontrou uma poça d’agua mais profunda e
parou por um instante.
Estava de volta a Morgan’s... Ele
considerava raiva como um estado de humor natural para si, mas a despeito dessa
raiva a única coisa que conseguia definir dentre os conflitantes sentimentos
por estar de volta àquela cidade era um desconforto. Sim, era ali que ficava a
casa que seu pai havia lhe deixado antes de morrer. Era ali que havia tido anos
de batalhas e felicidades com seus amigos. Fora ali que descobriu parte de sua
família e de sua própria história. Mas também havia sido em Morgan’s que
Gregory havia morrido, e foi ali que o trouxeram de volta. Foi ali que perdera
o poder sobre seu próprio corpo e se tornara um vaso para um poder obscuro,
tendo destruídas as coisas que mais amava antes que pudesse voltar a ser ele
mesmo e se deparar com suas perdas. Diante disso qualquer desconforto parecia
justificável.
Ele estava mais velho. Seu reflexo
refletido sobre a água mostrava um rosto mais duro do que o que tinha aos seus
dezesseis anos quando chegara pela primeira vez em Morgan’s Mist. Não era mais
um adolescente e suas feições deixavam isso claro. Os olhos intensamente azuis
talvez mantivessem algo do antigo Greg se você soubesse procurar, porem o nariz
fino, o queixo reto e as sobrancelhas vincadas, afastavam a aparência infantil
e aproximavam a figura de Gregory para algo entre um modelo de revistas e um
gato prestes a saltar para apanhar um pássaro.
Saltar... Era o que ele precisaria
fazer. Pisar naquela poça encharcaria seus coturnos, pensou consigo. Uma pessoa
normal não conseguiria enxergar o topo do outro prédio naquelas condições,
Gregory conseguia não apenas avista-lo, apesar de toda a neblina, como conseguiu
em um único salto projetar-se do ponto aonde estava até um pedaço seguro e
razoavelmente seco para continuar sua caminhada.
Se alguém pudesse ver seus olhos no
momento do salto, teria visto o azul se tornar mais brilhante e as pupilas se
tornarem fendas antes de se dilatarem. Dentre os poderes que tinha, sem dúvida que
as capacidades físicas eram suas prediletas. Sentidos aguçados, resistência e
força físicas superiores, cura acelerada... Nunca soubera ao certo de quem
havia as herdado embora achasse que, assim como o dom da magia, devia essa
parte de seus dons a sua mãe.
Suas habilidades mais poderosas no entanto,
eram também as mais obscuras e essas ele devia a seu pai. Gregory nunca
imaginou que fosse sentir raiva dele mas, há alguns anos, desejara que seu pai
estivesse vivo apenas para poder surra-lo. Para alguém cujos poderes estão
sempre ligados as emoções o constante estado de raiva em que Gregory vivia
poderia se mostrar desastroso se não houvesse algum controle. E nem sempre há
como se controlar. O fato de sua herança paterna ser um pacote de poderes
demoníacos que sempre tentavam puxa-lo para o lado da escuridão não tornava as
coisas mais fáceis.
Gregory já havia feito coisas
terríveis, das quais se arrependera... Outras apenas terríveis. Mas experimente
ser um órfão aos treze anos com superpoderes e veja se você também não
cometeria alguns erros de percurso até receber um bom guia. Para sorte dele
houveram bons guias. A verdade é que caminhar sozinho pelos telhados da cidade
e saltar pelos topos dos prédios era pouco usual. Gregory nunca havia estado
sozinho, ele teve um bom pai adotivo depois que seus pais se foram, vítimas de
uma caçadora enlouquecida. Amigos, companheiros de armas e, aos dezesseis anos,
parte de sua família de volta ao descobrir um primo perdido que se tornou um
irmão. Posteriormente o meio irmão deste, mesmo sem quaisquer laços de sangue
com Gregory, veio a ocupar o lugar de um irmão mais novo, quase um filho.
Gregory sempre tivera companhia em sua batalha contra as trevas, fossem as
externas, na forma de criaturas e demônios que caçava, fossem nas internas com
as quais batalhava constantemente. O amor daqueles a sua volta fora a única
coisa que o impedira de sucumbir.
Agora, seus amigos estavam todos mais
distantes... Ou mais mortos. Joshua, seu primo, estava em coma e tudo que lhe
restava era Savant que já não parecia mais precisar de uma babá. Depois de mais
alguns saltos entre um prédio e outro, Gregory ouviu ao longe um som fácil de
se reconhecer e começou a correr. Um beco, dois homens e uma garota de cabelos
castanhos aparentando ter saído de alguma balada. Gregory reconheceu aonde
estava, um beco próximo ao clube VD (abreviação de Vanquished Demon, deveria
ser alguma piada interna dos donos.), o lugar mais próximo de uma boate que se
podia frequentar em Morgan’s sendo menor de idade.
Era tão clichê que ele sentia náuseas.
Deviam colocar uma placa com o aviso “ATAQUES DE MONSTROS TODAS AS NOITES”. Aquele
beco próximo a boate era tipo uma pedra do beijo, só que para ataques de
criaturas sobrenaturais. Gregory pulou silenciosamente do prédio e pousou, sem
ser notado, as costas dos homens que coagiam uma garota em direção ao fundo do
beco.
- Não chore, garotinha! Quem mandou
sair por aí sozinha? – Disse um deles.
- A culpa é sua. Não sabe quão
perigosas sãos as ruas da cidade a essa hora? – Continuou o outro.
- Por favor, por favor! Não me
machuquem, por favor! – Balbuciou a jovem entre soluços tentando se esconder
dentro de seu casaco, como se este fosse protege-la.
Sim, era a mesma Morgan’s de sempre.
Ele estava de volta.
Parte dois aqui!
***
E o que você está esperando pra materializar esse homem e dar de presente pra mim, hm? Pior que ele é totalmente meu tipo! *________* Cabelo escuro, olhos claros, badass, lindo e tesudo e AI, ME PEGA GREG! *morre*
ResponderExcluirObrigada pela dedicatoria, seu lindo. ♥ Agora me arrume um homem desses, faz favor, que me fazer passar vontade é o fim!
Mil beijos :*